sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Vai de bike? Use uma máscara

30/09/11


Olha o pessoal aí da foto, todo feliz indo trabalhar de bicicleta. Tudo fica mais ecológico, mais limpo… Tudo, menos os seus pulmões, por conta do carbono negro que polui o ar.

Isso é o que diz um estudo feito na cidade de Londres que observou que, mesmo os ciclistas ficando menos tempo na rua do que quem vai a pé, respira mais carbono negro – aquele carbono puro feito na combustão incompleta de combustíveis fosseis. Para ser mais exato, quem vai de bicicleta inala até 2,3 vezes mais carbono negro do que quem vai andando.

Mas se os ciclistas vão mais rápido, o que os faz inalar mais carbono? A própria velocidade, pois para correr mais o corpo precisa de mais ar e, com isso, vem mais carbono negro pelas bicicletas que andam na rua, mais próximas dos escapamentos do que os pedestres na calçada.

Então fica a dica: se for andar de bicicleta por entre os carros, tente usar uma máscara para sofrer menos com a poluição.

Fonte: http://eco4planet.uol.com.br/blog/2011/09/vai-de-bike-use-uma-mascara/

Comentário: Essa vai para as pessoas que acham que por estarem fazendo um exercício físico não acabam cometendo um erro grave. Inalar carbono faz com qu nossos plmões fiquem cada vez mais debilitados, e isso é muito importante, pois sem eles, nós simplesmente morremos.

Raiz do problema da biodiversidade

19/09/11

Agência FAPESP – Florestas primárias são insubstituíveis para a manutenção da biodiversidade tropical, afirma um estudo divulgado no dia 14 no site da Nature e que será publicado em breve na edição impressa da revista.

O trabalho – uma matanálise de 138 estudos anteriores – destaca que a maior parte das formas de degradação florestal tem um efeito prejudicial enorme na biodiversidade tropical. Segundo o novo estudo, as florestas secundárias não são capazes de ocupar a lacuna deixada pelas antigas, que são fundamentais para a permanência de muitas espécies.

Florestas tropicais com pouca ou nenhuma intervenção humana estão diminuindo devido à conversão e degradação de atividades antrópicas e, em muitas regiões, têm sido substituídas por plantações, pastos ou florestas secundárias.

Luke Gibson, da Universidade Nacional de Cingapura, e colegas analisaram os diversos efeitos do uso da terra e da degradação local na biodiversidade de florestas tropicais. Um dos autores do estudo é Thomas Lovejoy, do John Heinz III Center for Science, Economics and Environment, nos Estados Unidos, e pesquisador associado do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Os autores verificaram que a dimensão da perda de biodiversidade depende de fatores como região geográfica, grupos taxonômicos analisados, tipo de intervenção humana no local e da medida utilizada para calcular a própria perda.

“Alguns cientistas têm afirmado que as florestas tropicais degradadas são capazes de manter níveis elevados de biodiversidade, mas nosso estudo demonstra que isso raramente ocorre”, disse Gibson.

“Não há substituto para as florestas primárias. Todas as principais formas de intervenção [humana] invariavelmente reduzem a biodiversidade em florestas tropicais”, disse o pesquisador. Segundo ele, a proteção das florestas primárias deve ser uma das prioridades da conservação mundial.
Fonte: http://biologias.com/noticias/1064/Raiz-do-problema-da-biodiversidade

Comentário: Saber qual é a verdadeira razão dos problemas ambientas faz uma enorme diferença na maneira em como efetuaremos uma preservação eficiente de nossas florestas ao redor do mundo, tentando conservar as florestas primárias, que segundo este estudo, são a matriz de um bioma equilibrado.

facebook twitter orkut e-mail Grupo leva pontes para macacos à área urbana de Porto Alegre

17/09/11

Muitos macacos bugios vivem em áreas urbanas e estão mais expostos a riscos se precisam descer ao solo. Foto: Adriano Becker/Divulgação

Muitos macacos bugios vivem em áreas urbanas e estão mais expostos a riscos se precisam descer ao solo
Foto: Adriano Becker/Divulgação


Voluntários em Porto Alegre (RS) irão instalar no domingo pontes para a travessia de animais silvestres na zona sul da cidade. Integrantes do Programa Macacos Urbanos - um grupo formado por biólogos, veterinários e outros defensores da natureza - irão pendurar sobre ruas do bairro Lami duas pontes que foram criadas para ajudar na movimentação de macacos bugios.

As duas novas estruturas vão se somar a outras sete que já estão em uso. Antes da iniciativa, os bugios eram atropelados, eletrocutados nos fios da rede elétrica ou atacados por animais domésticos. Apesar de pensadas para os macacos, as pontes também têm ajudado outros animais, como gambás e ouriços, de acordo com Renata Pfau, bióloga voluntário do programa.

Segundo ela, há registros fotográficos - feitos por câmeras escondidas - e também relatos de moradores sobre a utilização das pontes pelos animais. O grupo começou a instalação das estruturas em 1995 e depende, principalmente, da venda de camisetas para conseguir recursos financeiros. O programa é vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a ação de domingo é aberta à participação da comunidade, começando às 14h na Estrada Passo da Taquara.

Vitória no Ministério Público
Além de criar alternativas para a travessia de animais em zonas urbanas, o grupo de voluntários conseguiu obrigar a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) a encapar os fios elétricos que ameaçavam a vida dos bugios. Após abrir uma denúncia no Ministério Público por maus tratos aos animais com o argumento de que a companhia possuía a tecnologia necessária para evitar o eletrocutamento de animais, mas não a utilizava, a CEEE ficou obrigada a isolar os fios em todas as áreas onde há registro de morte, queimaduras ou perda de membros nos animais devido a choques elétricos.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5353284-EI8145,00-Grupo+leva+pontes+para+macacos+a+area+urbana+de+Porto+Alegre.html

Comentário: A preocupação com os seres vivos é muito importante, pois aquela área também é deles, portanto eles têm o direito de ir e vir tanto quanto nós temos.

Flavonoides regridem tumores

05/09/11

Além de componentes naturais, pesquisadores usaram composto sintético

Estudo experimental desenvolvido no Instituto de Biologia (IB) com os flavonoides quercetina, narigina e morina, além do acetoxi DMU, mostrou-se promissor na regressão do câncer e no aumento da sobrevida em ratos. Embora os resultados sejam ainda preliminares, o tratamento terapêutico com todos os quatro compostos foi capaz de inibir em até 50% o crescimento tumoral do carcinossarcoma de Walker 256 (específico de ratos) e houve uma sobrevida de uma média de 60% dos animais na vigência de tratamento, em relação aos ratos que não receberam tratamento nenhum. Na prática, cada grupo de compostos avaliado somava dez ratos. Destes, em uma média de quatro, o tumor regrediu completamente com o tratamento proposto, sendo que, nos outros seis, o tamanho do tumor diminuiu 50%.

Outros avanços comemorados pela bióloga Camila de Andrade Camargo, autora da pesquisa de doutorado, e pelo seu orientador, o docente do IB Hiroshi Aoyama, foram a diminuição da caquexia provocada pelo câncer em estágios avançados, além de resultados enzimáticos substantivos. “O tumor requer vasos sanguíneos para crescer e, no estudo, foi dosada a proteína VEGF (fator de crescimento vascular endotelial), relacionada ao crescimento desses vasos sanguíneos ao redor do tumor. Os ratos tratados com os flavonoides, compostos bioativos encontrados nos vegetais, e com o acetoxi DMU, composto sintético análogo ao resveratrol (no estudo sintetizado pelo professor Carlos Roque, do Instituto de Química), inibiram a ação dessa proteína. “Também testamos proteinases ligadas à invasão tumoral e à metástase. Nos ratos tratados, estas proteinases apresentaram menor atividade”, informa a pesquisadora.

O resveratrol (antioxidante que em geral previne o envelhecimento e as doenças cardíacas) tornou-se mais conhecido por meio do difundido ‘paradoxo francês’, uma expressão adotada pelos anglo-saxões e nutricionistas para se referir ao notório paradoxo entre a alimentação dos franceses e a sua saúde que, dentre os seus hábitos mais comuns, está a ingestão de um cálice de vinho por dia. “Alguns estudos relacionados ao consumo de vinho deixaram claro que as pessoas que o consomem moderadamente podem ter menos doenças cardíacas que as pessoas que não o ingerem”, assegura Camila de Andrade.

Alguns estudos, menciona Hiroshi Aoyama, apontam que o consumo de alimentos ricos nesses compostos está associado a uma redução no risco de desenvolvimento de certas doenças, provavelmente por sua ação antioxidante, que protege as células contra os danos causados pelos ataques dos radicais livres. O principal mecanismo protetor se dá através da diminuição na oxidação das moléculas de LDL (o “colesterol ruim”) e do aumento do HDL (o “bom colesterol”), melhorando o perfil de gorduras que circulam no sangue. Além disso, eles demonstram ação anti-inflamatória, o que reduziria os riscos cardiovasculares. Muitos deles foram descritos também como potentes anti-hemorrágicos, antialérgicos e anti-hipertensivos, dentre outras atividades.

O modelo tumoral escolhido, o carcinossarcoma de Walker 256 – que apresenta um comportamento biológico agressivo, sendo localmente invasivo e com alto poder de metástase – é um tumor genérico que se assemelha a alguns tipos de câncer no ser humano. É parecido com aqueles que provocam caquexia nos pacientes em fases avançadas, como o pulmonar, o pancreático e o gastrointestinal, etc. Nos ratos avaliados, como era de se prever, estes tumores também desencadearam caquexia. “Tentei empregar o tratamento terapêutico com os compostos naturais para verificar se eram capazes de inibir o crescimento tumoral ou prevenir a caquexia”, relata a bióloga.

A síndrome da caquexia representa um estado metabólico complexo no organismo do paciente. Ela é geralmente caracterizada pela perda de peso progressiva, que ocorre devido ao uso das reservas de gorduras e também dos músculos do corpo do paciente para o suprimento do tumor. Portanto, esta síndrome está diretamente ligada à baixa qualidade de vida, sendo responsável por uma diminuição significativa no tempo de vida dos pacientes com câncer. No trabalho de Camila e de Hiroshi Aoyama, foi possível abrandar tal caquexia.

Testes

As células tumorais (obtidas com a professora Maria Cristina Cintra Gomes Marcondes, do Departamento de Anatomia, Biologia Celular e Fisiologia e Biofísica do IB) foram inoculadas na coxa dos ratos para o desenvolvimento de um tumor sólido. O tamanho dos tumores dos animais era medido três vezes por semana. Várias doses dos compostos foram testadas a fim de se encontrar a melhor dose. A sobrevida dos ratos foi igualmente analisada. Aqueles com tumor que receberam o tratamento com os quatro compostos viveram mais tempo que os ratos com tumor que não receberam tratamento nenhum.

Hiroshi adverte que os flavonoides, não obstante a sua ação antioxidante, dependendo de sua concentração, podem atuar também como pró-oxidantes, levando ao aparecimento de radicais livres, espécies reativas de oxigênio que podem causar danos ao organismo. No caso do experimento de Camila, uma certa dose de cada composto mostrou-se benéfica. Mas, aumentando-a, o animal não apresentou melhora nenhuma. “Por isso deve-se ter cuidado para que as pessoas não se adiantem querendo aplicar os nossos conhecimentos, ainda básicos. Ao invés de terem um efeito benéfico, poderão ter prejuízos se os utilizarem em grandes quantidades.”

Segundo a pesquisadora, foram feitos ainda testes para verificar o estado dos órgãos sexuais dos animais, em colaboração com a professora Mary Anne Heidi Dolder, também do Departamento de Anatomia, Biologia Celular e Fisiologia e Biofísica. Averiguou-se particularmente o peso e a morfometria (análises em nível celular) dos seus testículos. O peso dos testículos dos ratos com tumor, sem os tratamentos, foi menor em relação ao dos animais com tumor tratados com os compostos (estes apresentaram peso semelhante aos dos animais controle, sem tumor). Somando-se aos resultados obtidos nas análises de morfometria, concluiu-se que os tratamentos foram eficazes em proteger os órgãos sexuais dos animais.

A bióloga conta que a quercetina é encontrada em grande medida no vinho tinto, cebola, maçã e nos chás verde e preto; a morina em figos, goiabas e amêndoas, e a narigina em frutas cítricas como a laranja e a mexerica. O consumo in natura deve ser inclusive estimulado, acredita Hiroshi Aoyama. “A contribuição futura do estudo concorrerá para que este tratamento sirva como terapêutica contra o câncer em seres humanos”, completa o professor.

Ele salienta que, em suas linhas de pesquisa, desenvolvidas no Laboratório de Enzimologia do IB, estudam-se desde a parte básica relacionada à purificação de enzimas e determinação de seus parâmetros cinéticos in vitro (no tubo de ensaio) até os estudos com compostos naturais, em cultura de células, para verificar se eles têm alguma atividade anticancerígena; e ainda o trabalho de Camila, sobre compostos naturais in vivo. “Sou responsável pela linha de pesquisa da purificação e caracterização de enzimas in vitro e in vivo. Já a parte de cultura de células é feita em colaboração com a professora do IB Carmen Veríssima Ferreira”, comenta Hiroshi Aoyama. Em seu laboratório, os flavonoides já foram testados in vitro e em células normais e cancerígenas e, agora, a grande contribuição é com um experimento in vivo (feito em animais). Tais compostos já existem comercialmente, diz o orientador. É o caso das cápsulas de quercetina. Os testes nesta tese foram feitos apenas com o carcinossarcoma de Walker 256. Portanto, ainda não é prudente fazer extrapolações para outros tipos de câncer, já que, até chegar à cura, há muito por se estudar. “Vai aí pelo menos uma década até gerar uma patente e ganhar as prateleiras dos laboratórios”, constata o orientador da tese. Dar continuidade a esses experimentos é uma das metas do grupo de pesquisa de Hiroshi Aoyama pois, para chegar aos seres humanos, muitas outras análises bioquímicas necessárias.

Fonte: http://biologias.com/noticias/1052/Flavonoides-regridem-tumores

Comentário: Importante estudo sobre o câncer que, se continuar sendo apoiado e tendo investimentos, neste ritmo, poderá trazer a cura para diversos tipos do mesmo, como o pulmonar, o pancreático e o gastrointestinal. Muitas vidas poderão ser salvas se os cientistas obtiverem sucesso em sua pesquisa.