terça-feira, 31 de maio de 2011

Produto 'biodegradável' é vilão se descartado de forma errada, diz artigo

Decomposição de copos descartáveis e outros utensílios libera metano.
Descarte em aterros sem tratamento contribui para emissão de poluentes.

Cientistas da Universidade Estadual da Carolina do Norte, dos Estados Unidos, divulgaram pesquisa nesta terça-feira (31) apontando que o descarte inadequado de produtos chamados ‘biodegradáveis’ pode ser prejudicial ao meio ambiente.

A justificativa é que a decomposição de copos descartáveis e outros utensílios com esta denominação libera gás metano, causador do efeito estufa. A preocupação dos pesquisadores é que se este tipo de lixo for colocado em aterros sanitários que não capturam ou queimam o gás, o metano será liberado para a atmosfera e poderá contribuir para as emissões de poluentes.

“O metano pode ser uma valiosa fonte de energia quando capturado, mas é um gás de efeito estufa se lançado na atmosfera”, afirmou Morton Barlaz, co-autor da pesquisa e professor da universidade. “Em outras palavras, os produtos biodegradáveis podem não respeitar tanto o meio ambiente quando descartado em aterros inadequados”, complementou.

Segundo a Agência de Proteção Ambiental norte-americana, 35% dos resíduos sólidos urbanos do país vão para locais que capturam o metano e o transformam em energia.Outros 34% vão para aterros que queimam o gás (usinas de biogás). Entretanto, 31% do lixo urbano dos Estados Unidos vai para ambientes sem tratamento e que permitem liberar o gás de efeito estufa na atmosfera.

O alerta sobre o assunto foi dado também porque os produtos ‘biodegradáveis’ sofrem processo rápido de decomposição. De acordo com a pesquisa, ‘se os materiais degradam e liberam metano rapidamente, significaria menos combustível potencial para uso de energia e mais emissões de gases de efeito estufa'.

“Se queremos maximizar os benefícios ambientais dos produtos biodegradáveis em aterro, nós precisamos ampliar a coleta do metano e modificar o design desses produtos para que eles se decomponham mais lentamente”, disse.

Retirado de: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/05/produto-biodegradavel-e-vilao-se-descartado-de-forma-errada-diz-artigo.html

Comentário: Às vezes fazemos uma coisa com boas intenções e acabamos causando mais estrago.Este caso pode ser resolvido de forma com que todos só têm como sair ganhando:gerando mais energia e despoluindo o mundo.

Estudiosos fazem plano de reintrodução da águia de Bonelli na Espanha

(23/05/11) Três indivíduos de águia de Bonelli (Hieraaetus fasciatus), espécie extinta há 40 anos em Mallorca, Espanha, foram levadas no último dia 17, para serem reintroduzidas na natureza como parte de um plano de recuperação da espécie.

A chegada das aves, dois machos e uma fêmea de 40 dias de idade, foram trazidas de Andaluzia. O plano de recuperação da espécie foi encabeçado pela Secretaria de Meio Ambiente, de acordo com comunicado do governo.

Segundo a agência EFE, depois do período de adaptação, os três pássaros serão libertos definitivamente na zona rural de Serra de Tramuntana, portando transmissores a fim de ter seus movimentos e comportamentos monitorados.

A Águia de Bonelli desapareceu de Mallorca há cerca de 40 anos por causa da caça na região, na segunda metade do século passado. A captura era premiada pelas administrações, que pagavam pela entrega de cabeças e garras desses animais.

Em 1966, as aves de rapina foram protegidas, porém a águia de bonelli já estava extinta nas Ilhas de Baleares. Agora, a Secretaria de Meio Ambiente promoveu a iniciativa para devolver a espécie à região e para tal contam com o apoio da população, proprietários de terras e camponeses.

Os técnicos da Direção Geral de Biodiversidade já se reuniu com os proprietários e camponeses da Serra de Tramuntana para explicar e dar informações sobre o plano de reintrodução e pedir sua colaboração.

Além disso, o plano conta com a colaboração da Fundação Natura Parc e da Associação GREFA, cuja sede localiza-se em Madrid, que promove a reprodução em cativeiro para serem reintroduzidas.

Este ano, está previsto serem libertas mais águias de bonelli criadas em cativeiro ou com dificuldades de sobrevivência em ninhos da Península, assim como de outros recuperados em centros de reabilitação da fauna silvestre de comunidades autônomas como Andaluzia, Extremadura, Valência e Catalunha.

Retirado de: http://biologias.com/noticias/953/Estudiosos-fazem-plano-de-reintroducao-da-aguia-de-Bonelli-na-Espanha

Comentário: Restabelecer a ordem natural na natureza através da reimplementação de certas espécies é essencial para que o equilíbrio ecológico seja preservado ou restaurado. As pessoas precisam entender que ao destruir uma espécie afeta todas as outras, cedo ou tarde, tudo e todos possuem seus papéis na natureza.

Cientistas descobrem elo genético entre sementes


(21/05/11) Factores que controlam a procriação também decidem quando inicia a floração

O elo genético que ajuda uma semente a decidir qual o momento perfeito para procriar foi revelado por biólogos pela primeira vez. Os cientistas da Universidade de Nottingham descobriram também que o mesmo mecanismo que controla a procriação é responsável por uma outra decisão importante no ciclo de vida das plantas, a altura em que começam a florescer.

A descoberta, publicada no jornal Proceedings of National Academy of Sciences Online Early Edition, proporciona mais conhecimento sobre os mecanismos genéticos que as plantas usam para detectar e responder a estímulos do meio ambiente vital e pode ser um passo significativo para o desenvolvimento de novas espécies, resistentes às mudanças climáticas, ajudando a garantir o abastecimento futuro.
No solo, as sementes decidem ou não procriar dependendo de um conjunto de sinais ambientais, incluindo temperatura, humidade, luz e nutrientes. Para garantir que a decisão de uma semente procriar é feita no momento perfeito a nível de sobrevivência, a evolução interligou geneticamente as sementes de forma muito complexa para evitar erros potencialmente mortais.

A equipa de investigadores compilou dados publicamente disponíveis sobre expressão genética e utilizou uma análise estatística sistemática para desvendar a complexa teia de interligações genéticas numa planta modelo chamada Arabidopsis thaliana. Esta planta é vulgarmente utilizada para estudar biologia das plantas pois as mudanças que sofre são facilmente observáveis e foi a primeira espécie a ter o genoma sequenciado.

A rede de genes resultante (ou SeedNet como foi apelidada) destacou o pouco que os cientistas sabem sobre a regulação da procriação de sementes, enquanto capacidade de prever novos reguladores desse processo com uma notável exactidão.

Segundo George Bassel, que conduziu a investigação, “a rede de sementes demonstrou que os factores genéticos que controlam a procriação das sementes foram os mesmos que controlam a outra decisão irreversível no ciclo de vida das plantas: a decisão de iniciar a floração. A indução da floração, como a procriação, responde aos estímulos do meio ambiente”.

Outra descoberta importante a partir da SeedNet revelou que os mesmos genes que as folhas e raízes usam para responder ao stress são utilizados por sementes para parar a procriação. Dado que as sementes foram evoluindo muito depois de as plantas desenvolverem a capacidade de resistir ao stress ambiental, isto indica que as plantas adaptaram genes que já existiam para desempenharem um papel diferente.

O trabalho poderá levar à identificação de factores importantes que controlam o stress nas sementes e na própria planta, contribuindo para o desenvolvimento de novas culturas que produzam maiores rendimentos sob condições ambientais extremas, como secas ou inundações.

Retirado de: http://biologias.com/noticias/951/Cientistas-descobrem-elo-genetico-entre-sementes

Comentário: Descobrir como as plantas decidem o momento em que devem se desenvolver, e como elas fazem isso é muito importante hoje em dia, ainda mais com estas mudanças climáticas que estão acontecendo hoje. Isto fará com que tenhamos plantas mais resistentes e que possamos manipular seu crescimento para momentos de maior necessidade.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Auto-devoração de células para tratar doenças neurodegenerativa



(11/05/11) Investigação realizada na Universidade de Coimbra

Desencadear um mecanismo em que as células se auto-devorem, para promover a eliminação de indesejáveis, poderá ser uma via para no futuro tratar doenças neurodegenerativas, como aponta uma investigação realizada na Universidade de Coimbra (UC).

Luís Pereira de Almeida, que coordena uma equipa internacional no Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC, diz ser essa uma via para promover a eliminação dessas proteínas indesejáveis, como é o caso da ataxina-3 mutada, a proteína tóxica envolvida na doença de Machado-Joseph.

Este processo de autofagia celular já foi confirmado pela sua equipa em modelos animais com a doença de Machado-Joseph, mas “também há evidências de que este mecanismo pode ter efeitos protectores nas outras doenças neurodegenerativas”, afirma o investigador, ligado à Faculdade de Farmácia da UC.

Nessas doenças há um bloqueio desse mecanismo de autofagia, uma falha dos mecanismos de degradação proteica que leva à acumulação no interior dos neurónios de proteínas com conformações alteradas, agregadas em diferentes graus, que se tornam tóxicas.

“É como se existissem ‘sacos de lixo’ que se começam a acumular quando a remoção do lixo numa cidade não é feita. Por outro lado, vimos também que uma das proteínas que era essencial a fazer este transporte, no fundo a remover este lixo - os ’camiões do lixo’ - estavam em níveis mais baixos que o normal”, explica o investigador.

Ou seja – prossegue – “em vez de haver um número normal de ‘camiões do lixo’ há um número menor, uma diminuição dos níveis da proteína beclina-1”, importante para este processo.

A partir desta descoberta, a equipa de investigação, que envolve ainda elementos de França, México e EUA, desenvolveu “uma estratégia de terapia génica em que aumentando a produção da proteína beclina-1 nos neurónios de modelos da doença de Machado-Joseph (culturas de neurónios e cérebros de ratos), promoveram a eliminação dessa proteína tóxica, a ataxina-3 mutante, e a redução da neuropatologia”.

Novo alvo terapêutico

“Não temos uma terapia que possa ser aplicada aos doentes já amanhã, mas o que isto nos trouxe foi um novo alvo terapêutico”, sublinha, acrescentando que já há medicamentos no mercado que activam a autofagia celular.

Luís Pereira de Almeida realça que até já há fármacos que activam esse mecanismo através da beclina-1, só que “infelizmente são fármacos citostáticos, utilizados na terapia do cancro, dos quais não há garantias de que eles não vão ter alguma toxicidade”. A sua equipa já está a testar em modelos animais outros fármacos que activam a autofagia celular pela via molecular, “com o intuito de trazer tão depressa quanto possível uma terapia aos doentes”.

A Machado-Joseph, que está a ser estudada por esta equipa de investigação, é uma doença neurodegenerativa que inicialmente foi identificada em descendentes de portugueses, principalmente açorianos. Provoca a perda de coordenação motora e acaba por confinar os doentes a uma cadeira de rodas, não dispondo actualmente de um tratamento que permita bloquear a sua progressão

Retirado de: http://biologias.com/noticias/939/Auto-devoracao-de-celulas-para-tratar-doencas-neurodegenerativa

Comentário: Várias vidas poderão ser salvas graças a este método, porém,deve-se ter o cuidado para que a produção de beclina-1 se restrinja somente as células desejadas, para que não sejam afetadas células saudáveis.

AO MIGRAR, TARTARUGAS MARINHAS PEGAM MAIS POLUIÇÃO, DIZ ESTUDO


04 de maio de 2011 15h19

Uma das muitas ameaças enfrentadas pela tartaruga-amarela, ou tartaruga-marinha-comum, é a poluição criada pelo homem. Mesmo assim, a dimensão do risco é uma incógnita. Para iniciar uma busca por respostas, cientistas mediram contaminantes no sangue de um grupo de machos adultos, e rastrearam sua migração ao longo da costa do Atlântico.

A equipe, chefiada por Jared M. Ragland, estudante de graduação no College of Charleston, em Charleston, Carolina do Sul, nos Estados Unidos, capturou 19 tartarugas-comuns perto do Cabo Canaveral, na Flórida, em 2006 e 2007. Eles mediram e pesaram os espécimes, retiraram amostras de sangue e examinaram seus sistemas reprodutivos com biópsias testiculares. Durante dois meses, 10 dos animais viajaram na direção norte até Cape May, em New Jersey, enquanto nove ficaram próximos do Cabo Canaveral.

O estudo, publicado na revista Environmental Toxicology and Chemistry, descobriu que os animais tinham níveis mensuráveis de 67 produtos químicos usados em pesticidas e outros produtos industriais. As tartarugas que migraram tinham níveis mais altos do que as que permaneceram perto da Flórida, confirmando pesquisas anteriores que haviam encontrado mais poluentes em tartarugas em latitudes setentrionais.

É possível que os peixes e invertebrados consumidos pelas tartarugas nas águas do norte sejam mais poluídos, mas os cientistas apontam que as tartarugas migrantes comem mais - e por isso consumiriam mais poluentes. Na média, as tartarugas migrantes eram maiores do que as residentes permanentes. Os animais pareciam saudáveis, segundo os pesquisadores, mas não está claro o que constitui uma boa saúde na tartaruga-comum adulta. "Estes eram animais reprodutivamente ativos", afirmou Jennifer M. Keller, coautora do estudo e bióloga do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia.

"Mas os machos possuem níveis mais altos de contaminantes no sangue do que as tartarugas jovens e isso fez crescer nossa preocupação".

rETIRADO de: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5111032-EI8145,00-Ao+migrar+tartarugas+marinhas+pegam+mais+poluicao+diz+estudo.html

Comentário: A situação fica bem a mostra com este estudo,que as costas dos continentes estão ficando cada vez mais e mais sujas,por conta do despejo de esgoto, principalmente, nos mares. Esta situação poderia ser facilmente contornada com o uso de banheiros secos,porém, isso sai muito caro, e é isso no que as pessoas pensam antes de tudo, o que complica em muito a situação.