quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Hibridação com Neandertais melhorou resistência imunológica dos “Homo sapiens”

29/08/11

Estudo sugere que devido a cruzamento o homem moderno ficou apto a sobreviver na Europa

Quando saiu de África e rumou até à Europa, o Homo sapiens teve contato com o Homo neanderthalensis. Essa teoria ficou provada quando, há não muito tempo, investigadores do Instituto Max Plank (Alemanha) descobriram que o ser humano moderno europeu e asiático têm entre um e quatro por cento de DNA Neandertal.

Um artigo agora publicado na «Science» vem acrescentar que a genética dos Homo sapiens foi melhorada pelo cruzamento. A equipe de investigação identificou vários genes e regiões do DNA que foram ‘cedidos’ pela aquela espécie ao sistema imunitário que o ser humano ainda possui.

Dirigido por Peter Parham (Universidade de Stanford), o estudo permitiu conhecer os genomas tanto de Neandertais como de hominídeos de Denisova (espécie recentemente descoberta na gruta de Denisova, Sibéria).

Investigações anteriores tinham já sugerido que o cruzamento entre estes três hominídeos que habitavam o planeta há 60 mil anos aconteceu na Eurásia, razão pela qual se identificou 2,5 por cento de DNA Neandertal em todos os humanos não africanos. Também se detectou parte de DNA denisoviano em populações asiáticas, sobretudo na Melanésia, onde a percentagem de DNA ancestral ascende a seis por cento.

O que este estudo traz de novo é a importância da hibridação. As atenções dos investigadores centraram-se no sistema sistema antígeno leucocitário humano (HLA), pois este está submetido à pressão das doenças e entra facilmente em mutação.

A comparação das sequências genómicas mostrou que vários genes do HLA (como o B*51 e o C*07) eram próprios da evolução dos Neandertais e passaram para as populações de sapiens. O mesmo se passava com uma região chamada HLA classe I. As percentagens da presença entre os europeus era de 50 por cento, nos asiáticos de 80 por cento e nas populações da Papua Nova Guiné até 95 por cento. No entanto, não se encontrava entre a população africana.

Foram também encontrados nos asiáticos genes próprios do genoma dos hominídeos de Denisova.

Os autores defendem que a mestiçagem com outras espécies melhorou os humanos modernos para os defender de patogénicos presentes na Europa e na Ásia. Trata-se, afirma, de um “exemplo claro de seleção natural”: aqueles que possuíam os genes protetores, ou seja, os híbridos, ficaram mais aptos para sobreviver.

Artigo: The Shaping of Modern Human Immune Systems by Multiregional Admixture with Archaic Humans

Fonte: http://biologias.com/noticias/1045/Hibridacao-com-Neandertais-melhorou-resistencia-imunologica-dos-Homo-sapiens-

Comentário: Isso só tem a comprovar de que algumas mutações nos ajuadaram a chegar até aqui, e desvendar um pouco de como chegamos até aqui. Também nos ajuda a buscar novos modos de nos tornar mais resistente à patologias existentes nos dias de hoje.

Golfinhos que 'pescam' com conchas surpreendem cientistas

26/08/2011
Os golfinhos sacodem conchas no ar para tirar os peixes que estavam escondidos ali. Foto: BBC Brasil

Um método de pesca com conchas pode estar se espalhando entre a população de golfinhos da Austrália
Foto: BBC Brasil

Pesquisadores acreditam que um método de pesca com conchas pode estar se espalhando entre a população de golfinhos de Shark Bay, no Oeste da Austrália. Os cientistas fotografaram golfinhos-nariz-de-garrafa do Indo-Pacífico (Tursiops aduncus) pegando conchas com o bico e as sacudindo no ar fazendo com que a água saísse de dentro delas, assim como os peixes que estavam escondidos ali.

O pesquisador Simon Allen, da Universidade de Murdoch, diz que o comportamento - raramente visto anteriormente - parece estar se tornando mais frequente na região. E enquanto outras técnicas de pesca usadas por golfinhos são geralmente ensinadas verticalmente, de mãe para filhos, o uso de conchas pode estar sendo passado entre golfinhos do mesmo grupo.

"Se realmente estamos testemunhando a difusão horizontal deste comportamento, eu assumiria que isso acontece quando um golfinho observa atentamente um companheiro golfinho pescando com conchas e aí imita o comportamento", diz Allen. "Há uma fascinante possibilidade de que esse comportamento possa se espalhar diante de nossos olhos, ao longo de algumas pesquisas de campo, e de que possamos registrar essa difusão."

Comportamento raro
Os golfinhos de Shark Bay só haviam sido vistos levando conchas nos bicos cerca de cinco vezes durante 25 anos de pesquisas na região, mas ninguém havia conseguido explicar o comportamento. Entre 2007 e 2009, pesquisadores da Universidade de Murdoch e da Universidade de Zurique observaram que os golfinhos estavam tentando pegar peixes escondidos dentro das conchas.

Durante os quatro meses de pesquisa de campo, em 2011, em Shark Bay, os cientistas conseguiram registrar o comportamento em pelo menos seis diferentes oportunidades. Agora, eles querem descobrir exatamente como os golfinhos usam as conchas. "Ainda não sabemos se os golfinhos simplesmente seguem os peixes até que eles procurem refúgio em uma grande concha ou se os golfinhos chegam a mexer nas conchas anteriormente, talvez as virando com a abertura para cima com o objetivo de torná-las mais 'atraentes' para os peixes como um lugar de esconderijo", diz Allen.

Retirado de:http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5313665-EI8145,00-Golfinhos+que+pescam+com+conchas+surpreendem+cientistas.html

Comentário: É impressionante este novo método que outros seres estão difundido entre si, e que nós humanos podemos presenciar éalgo extremamente raro, ver uma mudança de comportamento dessas em tã pouco tempo.

domingo, 28 de agosto de 2011

Pesquisadores da NASA encontram moléculas formadoras de DNA em meteoritos

Representação artística de um meteorito

15/08/11

Blocos construtores de DNA podem ser feitos no espaço

Pesquisadores da NASA (sigla em inglês que significa Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica) possuem evidências de que blocos formadores de DNA, a molécula que carrega instruções genéticas da vida, encontrados em meteoritos foram provavelmente criados no espaço. Os pesquisadores dão suporte à teoria da Panspermia em que origem da vida foi proveniente do espaço, através de impactos na Terra de meteoritos e cometas que continham estas moléculas.

"As descobertas de componentes do DNA em meteoritos tem ocorridos desde os anos 60, mas os pesquisadores não tinham certeza se eles eram criados no espaço ou se eram provenientes de contaminação terrestre," disse Dr. Michael Callahan do Centro de Vôos Espaciais Goodard Space Flight da NASA. "Pela primeira vez, nós temos três evidência que juntas confirmam que estes blocos formadores de DNA atualmente foram criados no espaço." Callahan é autor de um artigo sobre a descoberta em processo na Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

A descoberta acrescenta que a química dentro dos asteroides e cometas é capaz de produzir blocos formadores de moléculas biológicas essenciais. Por exemplo, anteriormente, estes cientistas do Laboratório Analítico de Astrobiologia Goddard encontraram aminoácidos em amostras do cometa Wild 2, da missão Stardust da NASA, e em vários meteoritos ricos em carbonos. Aminoácidos são usados para fazer proteínas, moléculas estruturais da vida, usadas em tudo, desde estruturas como cabelo a enzimas, que catalisa, acelerando ou regulando as reações químicas.

No novo trabalho, o grupo de Goddard coletaram amostras de 12 meteoritos ricos em carbonos, nove foram recolhidos da Antárctica. Eles extraíram cada amostra com uma solução de ácido fórmico e correram em cromatografia de liquido, um instrumento que separa uma mistura de compostos. Posteriormente, eles analisaram as amostras com um espectrômetro de massa, que ajuda a determinar a estrutura química de um composto.

O grupo encontrou adenina e guanina, que são componentes de DNA chamados de nucleobases, assim como a hipoxantina e xantina. O DNA se assemelha a uma escada em espiral. As adeninas e guaninas conectam com duas outras nucleobases para formar os degraus da escada. Eles fazem partes do código que diz para a maquinaria celular que proteína deve ser feita. Hipoxantina e xantina não são encontradas no DNA, mas são usadas em outros processos biológicos. Em outros meteoritos também forma encontras moléculas relacionadas com as nucleobases, mas nunca usadas na biologia.

Este material é a primeira evidencia de que os componentes no meteoritos vieram do espaço e não de contaminação terrestre. "Você não esperaria ver estas nucleobases análogas se a contaminação terrestre fosse a fonte, por que eles não são usadas na biologia," disse Callahan. "No entanto, se asteroides agem como se fosse “fábricas químicas”, manipulando material pré-biótico, você esperaria que eles produzissem muitas variantes de nucleobases, não somente as bases biológicas, devido a ampla variedade de ingredientes e condições de cada asteroide."

A segunda evidência envolve pesquisas para descartar a possibilidade de contaminação terrestre como fonte destas moléculas. O grupo analisou amostras de gelo da Antárctica, onde a maioria dos estudos com meteoritos é feita, com os mesmo métodos utilizados com meteoritos. A quantidade das duas nucleobases, mais hipoxantina e xantina, encontradas no gelo foram menores que nos meteoritos. Um dos meteoritos com nucleobases análogas caíram na Austrália e o grupo também analisou amostras de solo coletadas no sitio próximo. Assim como no gelo, as amostras de solos não tinha nucleobases análogas como presentes no meteorito

Na terceira evidência, o grupo encontrou que estas nucleobases – ambas biológicas e não-biológicas – foram produzidas em um reação completamente não biológica. “No laboratório, uma suíte de nucleobases e nucleobases análogas foram geradas com reações químicas não biológicas contendo hidrogênio, amônio e água. Isto prova que é o mecanismo plausível para a síntese no corpo original dos asteroides, e suporta a noção de que eles são extra-terrestre." diz Callahan. "De fato, parece ser uma classe de meteorito ' ranúnculo', os tão chamados meteoritos CM2, onde condições são certas para gerarem estas moléculas,” adiciona Callahan.

Fonte:http://biologias.com/noticias/1023/Pesquisadores-da-NASA-encontram-moleculas-formadoras-de-DNA-em-meteoritos
Comentário: Desvendar os mistérios de nossa origem com um material em abundância em nosso planeta, dando-nos mais certeza, ou dúvida, sobre como a vida na Terra acabou "surgindo".

Música ajuda a melhorar qualidade de vida de pacientes com câncer

08/08/2011

A música, usada para ajudar a diminuir a ansiedade dos pacientes com câncer durante o tratamento, também pode atuar positivamente no estado de ânimo, na dor e na qualidade de vida, segundo um estudo publicado nesta terça-feira. A análise, conduzida pela professora Joke Bradt, do Departamento de Tratamentos Criativos da Universidade de Drexel, na Filadélfia, indica que tanto escutar música em cds pré-gravados como a musicologia podem ser um complemento aos tratamentos dos pacientes com câncer para melhorar seu bem-estar.

Os pesquisadores consideraram 30 estudos de sete países - Estados Unidos, China, Itália, Irã, Espanha, Taiwan e Vietnã - e realizaram uma análise sistemática conhecida como revisão Cochrane. Estes ensaios combinam estatisticamente os dados dos estudos para estender a reflexão de suas descobertas, já que por si só ficaria limitada demais para produzir resultados fidedignos, afirmou Joke à Agência Efe.

A fusão dos dados dos 30 estudos permitiu analisar a reação de 1.891 pacientes com diferentes tipos de câncer que escutaram música gravada ou que participaram de musicoterapia. Os resultados demonstraram que em ambos os casos os níveis de ansiedade reduziram "consideravelmente", segundo os padrões médicos para medir ansiedade.

Além disso, detectaram outros benefícios colaterais - em menor proporção, mas também positivos - na respiração e na pressão sanguínea de alguns pacientes - o que ressalta, segundo Joke, que "a música pode ser um tratamento complementar eficiente".

Musicoterapia
O Instituto Nacional do Câncer dos EUA define a musicoterapia como um conjunto de técnicas baseadas em música empregadas para ajudar a aliviar a dor ou a tensão. Neste sentido, Joke disse que este procedimento pode servir como entretenimento e como fonte de concentração e "está provado que quanto mais relaxado está o paciente, menos dor ele sente".

Os resultados também sugerem que a musicoterapia pode ajudar a melhorar o estado de ânimo dos pacientes, embora não evite a depressão. Segundo Joke seria necessário fazer estudos mais profundos para entender melhor o impacto da aflição nesses casos.

A musicoterapia não só consiste em escutar composições musicais, mas inclusive o paciente pode manifestar suas emoções cantando ou tocando um instrumento. Além de servir de entretenimento, é uma forma de dar "energia" ao doente.

No caso dos cds, o terapeuta geralmente pede para o paciente escolher as preferidas em uma lista de cinco ou seis tipos de música, que abrangem de clássica, "new age" até country, para então produzir uma seleção exclusiva. A escolha, que às vezes conta com ajuda de parentes e amigos, depende da necessidade do paciente que "às vezes pede música mais animada ou aquelas com letras que inspirem esperança".

"As músicas proporcionadas por musicoterapeutas capacitados, assim como as gravadas, apresentaram resultados positivos, mas atualmente não há provas suficientes para determinar se uma intervenção é mais eficiente que a outra", indicou. que está claro, é que proporciona tranquilidade e é um veículo que ajuda a expressar emoções, sempre que necessário.

O artigo "Music Interventions for Improving Psychological and Physical Outcomes in Cancer Patients", foi publicado na biblioteca virtual Cochrane Database of Systematic Reviews.

Fonte:http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5288955-EI8147,00-Musica+ajuda+a+melhorar+qualidade+de+vida+de+pacientes+com+cancer.html

Comentário: Estudar os benefícios da música é uma ótima tarefa, pois é difícil encontra alguém, se é que existe, que não goste de música, ela é muito difundida, onde quer que a gente vá, haverá música.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Golfinhos podem inspirar novos tratamentos para humanos

31/07/11

Investigador destaca capacidade de recuperação destes animais

A capacidade de recuperação de ferimentos apresentada pelos golfinhos intrigou Michael Zasloff, investigador do Centro Médico da Universidade de Georgetown, nos EUA, que entrevistou tratadores e biólogos marinhos em todo o mundo e reviu a literatura disponível na área sobre esta aptidão a fim de inspirar novos estudos sobre o assunto.

“A capacidade do golfinho curar-se rapidamente de uma mordida de tubarão com aparente indiferença à dor, resistência à infecção, proteção hormonal e uma quase restauração do corpo, podem trazer luz ao tratamento de ferimentos humanos”, destacou o cientista.

No entanto, sublinhou que há uma grande lacuna de informação sobre este processo, pois não se sabe ainda como é que o golfinho não sangra até à morte depois de ser atacado por um tubarão, por exemplo, ou como é que parece não ter qualquer tipo de dor significativa.

Também não é completamente conhecido o que previne a infecção em feridas profundas, que se restauram de tal forma que o contorno do corpo do animal fica quase sem marcas. “Feridas comparáveis em humanos seriam fatais”, frisou Zasloff, que procura explicar este processo com alguns aspectos conhecidos da biologia do golfinho.

De acordo com o investigador, os mesmos mecanismos de mergulho que afastam o sangue da periferia do corpo durante um mergulho longo, podem ser acionados quando há um ferimento, significando que há menos sangue na superfície do corpo e por isso menos perda de sangue.

Relativamente à dor, Zasloff sugere que se trata de uma adaptação neurológica e psicológica favorável à sobrevivência, mas cujo mecanismo se mantém desconhecido. No que diz respeito à infecção, o cientista acredita que os golfinhos têm o seu próprio composto anti-microbiano que é libertado quando ocorre um ferimento.

“Estou certo de que na capacidade de o golfinho se curar a si próprio há agentes anti-microbianos e potentes componentes analgésicos”, afirmou Zasloff. Acrescentou ainda que espera que este seu trabalho “estimule uma investigação que possa trazer benefícios para os humanos.”

Retirado de: http://biologias.com/noticias/1010/Golfinhos-podem-inspirar-novos-tratamentos-para-humanos

Comentário: Impressionante este mecanismo de sobrevivência dos golfinhos, mas espero que este estudo não acabe prejudicando os golfinhos, pois pode ser que haja testes com eles, o que por causa dos "Direitos Humanos" não se faz nas pessoas, mas com os outros seres está liberado geral, em nome de um tal progresso.